esquisitolândia


quamquam já se lançou em movimento uniforme transgressor.
boo considerou o atalho curvilíneo de libertação da centrífuga.
alelo não se lembra como veio parar no meio de uma plantação de tabuletas.

conselhos para prevenir a rotina dos achatamentos chatos:

1 - em graus variados de gravidade (festas e eventos socioapáticos), reinvente sua buffer-zone;
2 - habilite seu conversor e garanta seu estoque de jujubas eternas. croquetes podem ser nocivos se não ultrapassadas as velocidades mórbidas dos garçons-robôs;
3 - engula os aperitivos antes que a comida atravesse a barreira do hiperespaço esôfago-estomacal-alheio;
4 - traga sempre seu próprio pinico-desintegrador para insurgências intestinais, item não-compartilhável;
e, o assolador:
5 - JAMAIS! jamais permita o império dos zumbidos comunicativos! introduza utensílios aurículo-invulneráveis.
quamquam, na presença dos seus, lança o livro de rabiscos toscos anti auto-ajuda:

"quero ser quamquam"
(da adoração irônica de recipientes plásticos impertinentes até a conclusão hilariante de inexistência extra-sensorial)

adverte: pode causar baba roxa.

posso tropeçar em minhas quinquinlharias
mas jamais sucumbirei ao circunlóquio do retrospecto

amarrarei em incorruptíveis fios de nylon
cebolas podres
que gotejarão princípio ativo nas vidraças esquecidas para serem avacalhadas


um bicho estranho surgirá
para desnutrir-se com podreira
deixando um rastro de descarte entérico

e quando decidir-se pelo sul ou norte
já não possuirá meu aspecto
terei saído pela tangente:
oh! esta armadura está a causar-me brotoejas!

pensamentos de monstro para o ano novo

neurociência monista ou antidualista: nega a existência de qualquer coisa como alma, mente, ego ou que nome se dê a essa “outra” entidade que “parece” agir às vezes junto, às vezes contra, às vezes em paralelo ao corpo.

(extraído do fascículo n°1 do manual de anti-auto-ajuda extraterrestre)

segundo o famoso manual vaporoso de coisas inúteis, podemos renunciar ao nosso desapreço por objetos que possuem horrível estímulo para manifestação de garbo. desde um motor sináptico do universo perpendicular para fotografias desenquadradas até um comedouro desadequadamente oco para farelo de maripousas reutilizadas em maquilação assombrosa, o estopim da sublimação tornou-se um estopor na atmosfera que nos arredoma. mas ameniza-se, para o benefício simpático da atmosfera 2. vejamos a falta que não causará a mudança de fase de sua matéria casual, panmoderna e desagregada.

e assim abarrotam-se malas e caraminholas na esperança de um contrato estratrosférico em bollywood (famosa fábrica de bolas utilizadas indiscriminadamente no intuito de substantiva alteração dos estados de percepção da realidade dos caipiras extrospectivos fabricantes de caipirinha).
não que kalishta e jucko pretendam algo além de umas boas baforadas de ócio indelével.





kalista irrepreensível em suas atitudes relacionadas a altitudes elevadas, sejam provocadas por motor ou desprendimento, não senta e nem põe o cinto.
e de forma alguma se chateia no arremesso da aeronave rumo ao paradeiro do glamour.

após virar celebridade na Europa, Jucko não paga a conta do restaurante.

veja o vídeo: Jucko, o Acrobata-bata

http://www.youtube.com/watch?v=DpgUf8tPp-M


Falava-se muito mal da lagartixa.
Diziam que ela vivia afobada.
Um dia, ela virou uma panqueca.
Devido ao trágico acontecimento, os outros bichos trataram então de rever os seus conceitos e esqueceram o passado.
- Essa fibra muscular está tão crocante...


solavancos suaves na atmosfera alaranjada
acompanhados de supracitações de histeria de conversão
caindo em chuva de suco...
alguém no segundo andar quer brincar de insultos

onde mesmo amarramos as mulas?

Kalishta, no estorvo da conferência "Cisticercose e Psicanálise", aderiu magneticamente ao aparato de Simulação de Verminose Bem Resolvida.
De certo, a imobilidade proporcionada pela física poupará seus sentidos - já que aderiu aos tampões de ouvido antes do show e não poderá extraí-los até o final da palestra sobre o sentimento de exclusão do humano-verme-semi-inconveniente.

Deverá permanecer a salvo até a hora do lanchinho.

(enquanto isso e aquilo outro no compartimento de lixos abomináveis cósmicos...)

- Desconfio que esses pés enormes com essas meias de gosto duvidoso foram descartados pelo grande Bula Pepper, o detentor de 55% dos enigmas retardáveis do universo.
- Não posso arbitrar. Ainda não provei as meias.

Grabosh exibe seu novo animalzinho amigo.
O passí­vel apresentou-se com a intenção de crescer vigoroso e forte sem a ingestão de suplementos.
Grabosh aceitou-o.
Especialmente quando garantiu ser obediente, afônico, limpar suas botas invisí­veis e comercializar suas partes para angariar fundos.

Em troca, receberá seu próprio aposento escuro no qual ficará trancado a salvo de humanos bonzinhos.

a colonização dos fios rudes trouxe a clarievidência de que as tinturas bravas e combatentes não devem ser aplicadas nas muquiranas confeiteiras do pavê fucsia tropical. as destemidas podem causar mixórdia de consistência frouxa nos saborosos empanturradores. e afetar horrivelmente a sensação de flutuação pela diminuição da densidade estomacal lindamente proporcionada quando da degustação dos grudentos quitutes. isso obriga a adoção de medidas extremadas: o próximo Congresso da Cosmoética de Gosmas deverá ser precedido de banquete tentador.




assista e não jogue o game não interativo de Jucko, o Acrobata-Bata e constate o afeto demonstrado pelas hienas ao desadvertido Chopin.

http://www.youtube.com/watch?v=DpgUf8tPp-M

Kalishta ama ou odeia, conforme mecanismos biológicos responsáveis pelo equilíbrio geral de seu organismo.
Ela espera, imprudente, pelo lançamento da máquina As-If Body Loop.
De moto, ajustará seus comandos para um sorriso interno ininterrupto.
E a pane: será então para sempre banida pela inalação de substâncias primordiais.
A homeostase será uma provocação.

As Cábulas de Jucko
Número 3: Um muro serve pra quê?

Próximo ao muro das escoriações, nenhum carro buzinava em respeito às Irmãs Malucas Gosmentas das Moquecas Olhudas, inventoras graves do prato mais pedido no restaurante Sagú do Krebs que ficava a uma década de distância, a pé e de moto-serra, depois de pulada a oitava carniça nos gelos baianos erguidos em homenagem aos pombos doentes que foram esmagados nos acidentes de carro provocados pela falta de sinalização sonora decorrente do respeito surdo aos ralados de encontro ao muro, tamanha a grandiosidade muda do mesmo que ninguém nunca entendeu.

Fido à espreita de um rasante.
Do parapeito da janela de um edifício, ele medita seu plano de vôo.
E promove a adequação de seu sistema safo-sensorial às condições temporais sismáticas.
Sim, ele já foi sondado por uma liga de metaheróis interesseiros em seus super poderes.
Mas prefere o anonimato.
E a liberdade de ir e não vir.

Fido se lança em aeromodelismo de si mesmo.
Com controle sem remoto de alguém, somente a ele cabe o trilema de seu destino.
Aconselha não ser esperado em aeroportos nenhures.
Não deseja decepcionar acepções, nenhumas.
De ninguéns e nem suas, nuncas.
A solitude...
Lhe cai bem suspenso.

Por fim, Fido parte.
Em busca de abóbadas cromo profundo, verde berilo ou rosa tubo de ensaio guardado apodrecido.
Em busca de antropomorfos mais agradáveis aos olhos e mais silenciosos aos seus sensíveis ouvidos.
Em busca de cápsulas de proteína, rosquinhas de milho e biscoitos de ervilha.
Em busca de eletroeletrônicos, toalhas de mesa fashion e panos de prato.
E em busca de... - uacploftcrom.
Jujubas eternas?

Cavucando uma aba de montanha, Alelo se encontrou pela primeira vez em descoincidência de membros (superiores e inferiores).
Na ocasião, buscava ser surpreendido pela materialização de um fóssil do raríssimo molusco Nolasco que, por soterramento em eras descomunais, fora induzido, com obrigação, a abandonar sua existência marinha pela terrena achatada.
Cabeça, tronco e membros de volta aos assentos, Alelo entendeu perfeitamente a importância da unificação organística dos seres multicelulares individualizados (curiosos, pirracentos ou instintivos).
E lamentou a sorte de um achatamento prematuro nestas paragens demasiadamente animistas.


Demasiado cuidado com as palavras trouxe a Quamquam solitude.
Resolveu então trocar o seu ferro de passar por quinquilharias cobiçáveis.
Por diante, as mantém, as cacofônicas, analogicamente amarfanhadas.


Diante da demente demanda por poções biogênicas estonteantes para a proliferação dos Cosmoéticos Cosmeticus, Grabosh e seus gemulados prestaram acatamento às idéias abiloladas.
Acederam calados.
Kalishta se submete à clonagem conforme o Protocolo Atônito.
Notem que a resultante apresenta uma coloração amarelada por ter permanecido exposta acomedidamente por mais 0,0000414 nanosegundos do que o tempo regulamentar no interior da câmara de tostinamento, a pedido da própria matriz.
A beldade alega tédio de paleta de penugem e afirma decidida que nada a impedirá na realização de experimentos para sua própria satisfação.

Confira o vídeo mais aclamado de todos os tempos!

http://www.youtube.com/watch?v=qcHdnzDwJ3Y

Quamquam acha muito justo que a humanidade trave contato com sua coleção de abjetos.
Até porque pensa que os humanos e os itens possuem características peculiarmente familiares.
O fato de os primeiros diferirem por serem conscientes de sua existência não os exime de comparação, já que, como os abjetos, não possuem uma faculdade considerada muito digna e bem cotada:
A exata noção de parasita de planeta.

Digadub Extremado em seu Desarranjo Comportamental

http://www.youtube.com/watch?v=qcHdnzDwJ3Y
As Cábulas de Jucko
Número 1: Os Mistérios da Punta que Pariu

Punta era garbosa.
Suas cores farfalhafatosas lhe incumbiam utilidade na função de figurinha auto-adesiva.
A qualidade do grude, porém, revelava deslizes em sua ab-rogada aderência.
Falava-se sobre sua existência tal qual a de um sabonete submarino de banheira.
Cansou de si perdida e, subexistindo com fantasia de panfleto, foi ter com o mestre Super Bonder.
Pariu. Uma possante tarja de patrulha somente arregaçável pela força de 95 macacos-zumbis babadores de gosma guar.

Anota: Prezados prisioneiros de planeta. As Cábulas de Jucko serão publicadas aperiodicamente e somente quando estabelecida a concretude intestinal do redator.
Encontro-me insensível aos raios-ultra-vudu-beta.
Portanto, desistam! Seus Furlanos Obtusos!
Existem muitos bichos dentro da minha cabeça, sim...
Mas de maneira alguma me submeterei aos procedimentos crânio-sugadores.
Por que não fazem uma visita ao pomar e tentam substituir seus habituais aperitivos por goiabas bichadas?
(Episódio 21578 do embate Tarantelos X Furlanos - Parte Um Dezenove Avos)
Fido é um sábio gato-morcego/morcego-gato detentor de poderosas habilidades safo-sensoriais.
Direto de seu retiro corporal nas famosas ruínas de Ugug, envia teleantipaticamente alguns conselhos para turbinagem meditativa.

Primeiro: finja que nada existe.
Segundo, repita: eu não sou eu; essa não é a minha família; esse não é o meu emprego;
Terceiro, grite: eu nem sequer entendo essa língua!
Digadub, como todo monstrengo normal, faz questão de seguir centimetricamente os rituais tradicionais arcaicos.

Sendo assim, toda manhã de sétima-feira, após hibernar por 6 dias em sua cama fofa, levanta seu cobertor de pele de minhocas secas curtidas em mijo de mamute pré-herculóide e sai a caçar abóboras gigantes, seres esquivos esquizóides que fingem estar dormindo o tempo todo.
Somente esta bem sucedida missão o deixa tranqüilo para degustar seu baldinho de café.

Inspirado no estado das minhas coisas relatarei uma história...

Próximo à janela havia um velho barbudo eterno que grunhia i...
Todos passavam.
Por uma estranha razão saíam cantando i i i i i dadaradá...
Foi então que, no fim do dia, chegou o entregador de bezerros.
E o velho finalmente concluiu:
Ich liebe dich.

O estado é clássico. Mas minha personalidade moderna tem ganas de enfiar os pés nos buracos de manga de camisa.
Aconteceu então o meu enamoramento por um brocado camafeu. Elemento absolutamente incapacitado para interação.

Ah, por que as violetas cor de ovo não florescem nas pedreiras de cobalto?
Depois de perder segundos de sono tentando desvendar essa suprainteressante matéria de análise, cavei um buraco de 6400km.
Conclui-se que: a culpa é do isótopo resultante de decaimento radioativo.
Caso essa espécie seja imprescindível para o seu cardápio floral no café da manhã, exija que seus vassalos cultivem suas glebas a uma distância mínima de 486523m de qualquer gruta ou abertura da crosta terrestre.

A mesma floresta.
Pouca coisa mudou por aqui.
Sou outro bicho.
Mas quem disse que é fácil mudar as coisas de lugar?
Vou fazer um curso com o mágico porque ilusionismo existe.
Mas e o medo de aparecer ser humano querendo conversar?
Essa floresta definitivamente é a mesma.


Preciso de um tempo pra pensar.
Não posso prescindir de tamanha oportunidade limpinha.
Eu já ia passar um vaporeto mesmo...
Então junto os dados e me lanço numa incrível jornada solitária em busca da liberdade e da leveza de excreção.
Volto em uma semana.


Após este ensaio fotográfico para a capa do novo CD dos Gritadores, nossos três amigos monstrengos serviram-se das lagartixas secas e esmagadas espalhadas pelo estúdio.
Na volta do banheiro, o fotógrafo notou que sua lontra de estimação havia sumido.

http://www.fotolog.net/gritadores

"DaHjaj ghaH QaQ jaj Daq tlhap qo`"


Um dia um notório membro dos ancestrais cornóides tarantelos imergiu mais profundamente em seus pensamentos. Disfórico, como sempre, se entristecia, mas não via possibilidade de maior enfoque e resolução de sua mente dispersa.
Foi então que comeu manga, sugestionado por impulsos neurais bem profundos que somente foram possíveis dado seu estágio de proximidade com o interior do seu esqueleto capacete encefálico.
E desde então estabeleceu um pensamento inexplorado:
Não anda de moto. Mas adoraria ser independente em certas ocasiões.
E com a claridade a rondar suas trevas existenciais, avivou a possibilidade de adquirir uma lambreta.
Obviamente, a partir deste dia, sempre que pode, come manga.

Enquanto isso...
Grabosh e seus amigos monstrengões saem em busca de alimentos exóticos.

- Minhoca é proteína pura.
- Já os besouros são ricos em fibras de casquinhas.
- Prefiro as centopéias. Dá pra palitar os dentes cem vezes.
- E a alimentação marinha...
- Algas dão a sensação de saciedade.
- Águas vivas também, mas causam queimação no estômago.
- Conheço um ótimo antiacidozinho.
- Bala de pitanga?
- Certamente.
- Prefiro andar de roda-gigante.


- Andei tomando vermífugo.
- Não é em qualquer moita que se pode esfregar o rabo.
- Analisando a qualidade do meu pepsinogênio, ocorreu-me a suspeita de ter acidentalmente encharcado minhas pregas intestinais com aquelas 598 doses homeopáticas do veneninho.
- Neste caso, desconfio que poderia estar mesclado com mescalina melada por melros maldosos comedores de babaçu alcalinizado com aroma artificial de balas daquele garoto juca.
- Sabor abacaxi com banana?
- Não, repolho adocicado com água de parede flambada.
- Deve ser coletada logo após a torrefação.
- E não pode estar ultra-contaminada por radônio.
- Mais um motivo para a prevenção de incêndios em construções próximas a pedreiras não catalogadas.
- Perfeitamente.


Os Monstrengões (Biografias Ilustradas Contadas) - Quarto da série da produção independente de monstros

O Biscoito Limpo surgiu a partir da concepção do gênero new metal ou o gênero new metal inspirou o surgimento do Biscoito Limpo porque também está sempre fresquinho?
Esta questão supradesimportante jamais será deixada de lado por uma mente focada na dialética qual a desta digníssima figura colorida e multifacetada.
Após sua adolescência insalubre, manteve essa expressão de dúvida no olhar e uma arcada superior dentuça, bem como um shape de cromossomo telocêntrico.
Acredita que mudou muito e nunca possuirá uma personalidade definível.
Tudo isso após se inteirar das apostilas amareladas de filosofia que não leu durante sua experiência colegial.
Num passeio pelo rancho funcho-hypnosis-paraliminal, tenta ver as coisas da maneira como elas não são.
Se exime de conceitos.
E gosta ou não do nome que adotou para si.
Digadub.


- Acabou o papel higiênico.
- O Sr. Rinoberronte diz que prefere esfregar o rabo numa moita.
- Talvez seja útil manter uma planta no banheiro.
- Que nada. Acho que essa linha de pensamento pode me causar problemas. Me passa essa revista de celebridades e fica tudo resolvido agora mesmo.


Os Monstrengões (Biografias Ilustradas Contadas) - Terceiro da série da produção independente de monstros

Kalishta está?
Sim, já havia aparecido antes, e permanece.
Não me recordo de haver encontrado olhares assaz interessantes outrora.
Aurora de sua juventude antenada e paramentada.
Dispensa a coroa e o manto.
Mas reina entre os seus.
- Me passa um fax mental com sua fotografia?
- Somente atendo a pedidos tridimensionais.
Fazem jus a sua dinâmica formatada em polietileno.
Aceita xampus tonalizantes nas cores fucsia e coral.
Fios de nylon são o seu fraco.
Principalmente os de calibre inferior a 1 nanômetro.
Possui a compulsão de manter objetos pendurados de cabeça para baixo.
Uma outra visão de mundo.


Rhusta não teme os becos escuros.
Muito menos hesita quando vê uma sombra se aproximando.
Também não acredita em seres imaginários com fazendas de formigas.
(Não se acha um fantoche nas mãos de seres supremos - um supremo de frango, a propósito, le gusta...).
Mas no mundo subterrâneo não liga se uma lacraia cruza o seu caminho.
Talvez pense em comê-la para enriquecer seu cardápio protéico.
E quando centopéias pré-históricas gigantes lhe oferecem um abraço, fecha os olhos e usa seu desenvolvido mecanismo de pensamento-transporte.
Este flagrante representa um momento em que dispensa seus métodos cerebrais avançados de desobstrução pluriforme.
Ele se vê onde queria estar.
E permanece ali.
Imerso no submundo das pastilhas e botões de camisa.
Entorpecido pelo odor do ozônio das trovoadas recentes.
Suspenso da gravidade a achatar-lhe no asfalto.
Gelatinado por cápsulas de ágar-ágar a encherem seu estômago.



Hoje é meu aniversário.
E depois do inesperado, sinto um impulso de fazer uma singela homenagem a uma coisa chamada concepção.
Até porque penso que existo por causa da coisa.
E se não existisse, minha magnífica obra também não seria concebida.
A todos que concebem: UHUHU UHUHU
Sempre recebi adjetivos que se dão a um ser impróprio por não compactuar com a perpetuação da espécie humana no planeta Terra.
Mas me rendi aos colóquios de meus pregressos interlocutores.
E hoje apresento meus mini eus.
E disponibilizo suas células para pesquisas de laboratório em nome da ciência e dos mini seres que habitam cada organismo arrebentado criogenado ou não em todo infinito lar nosso de quaisquer dias!
E para quem pensar na hipótese da insensibilidade da minha pessoa aos padrões de concepção estabelecidos pelo papa, alá ou bunda, tudo bem...


Grabosh, como todo monstro normal, sai para tomar chá.
Inspirado pelo som de sua banda predileta, Extraterrestres, ele se rende a contrariar a mensagem explícita de CAVERNA.
E espera alguém para compartilhar sua súbita perversão de caráter.
Ser sociável.

http://www.esquisitoland.com/mp3/ETs_caverna.MP3

Grabosh vai ao supermercado.
Nas prateleiras vê o slogan “wash your blues away” do sabão em pó cerebral Prozac.
E acredita, pois é altamente suscetível a propagandas.
Não consegue, por exemplo, ouvir a palavra café, ver xícaras, ou sentir o cheiro do líquido sem sair correndo desesperado flutuando atrás da fumacinha.
Imagine quando lançarem o shampoo Prozac com o slogan: “penetra direto nos neurônios”?